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Desvendando o Mercado de Carbono: Como ele Contribui para Combater as Emissões de Gases do Efeito Estufa

Uma ferramenta vital na luta contra a crise climática

Brasília, 7 de outubro de 2023 – O mercado de carbono foi concebido com o objetivo de pressionar as economias a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), que desempenham um papel fundamental no aquecimento global e nos eventos climáticos extremos que testemunhamos hoje.

Desde a Revolução Industrial, as emissões desses gases têm aumentado consideravelmente, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis. Isso tem sido uma preocupação central para cientistas, sociedades e governos, culminando no Acordo de Paris, onde 195 países se comprometeram a limitar o aumento da temperatura global a menos de 2ºC acima dos níveis pré-industriais.

O mercado de carbono desempenha um papel crucial nessa estratégia de combate às mudanças climáticas. Funciona incentivando indústrias a substituir equipamentos poluentes por alternativas mais limpas. Isso ocorre ao impor um preço às emissões de carbono, que gradualmente aumenta até que as empresas percebam que é mais econômico investir em tecnologias mais limpas do que continuar pagando pelas emissões.

O mercado de carbono estabelece cotas para a emissão de gases do efeito estufa, recompensando aqueles que emitem menos do que o permitido com créditos que podem ser vendidos para empresas que ultrapassaram suas metas. Isso cria um incentivo econômico para que as indústrias reduzam suas emissões e, ao mesmo tempo, promove uma transição mais acessível para fontes de energia mais limpas.

Existem dois tipos de mercado de carbono: o voluntário, dependente da iniciativa das empresas, e o regulamentado, imposto pelos Estados nacionais, geralmente considerado mais eficaz.

Recentemente, a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou um projeto que visa criar um mercado de carbono regulamentado no Brasil, com exceção da agropecuária. Isso gerou críticas de ambientalistas devido ao significativo impacto da pecuária nas emissões de gases do efeito estufa.

No entanto, especialistas argumentam que setores como a pecuária não estão incluídos nos mercados de carbono regulados em todo o mundo. A pecuária, responsável por 25% das emissões de gases de efeito estufa, apresenta desafios únicos devido às emissões de metano produzidas pelo gado, tornando difícil sua redução substancial.

Em relação à agricultura, o setor emite carbono principalmente por meio da aplicação de fertilizantes fósseis e das plantações alagadas de arroz. Nesses casos, é necessária a implementação de medidas específicas para abordar essas práticas e reduzir suas emissões.

O mercado de carbono é uma ferramenta essencial na luta contra as mudanças climáticas, incentivando a transição para uma economia mais limpa e sustentável. No entanto, sua aplicação eficaz requer uma abordagem cuidadosa e personalizada para cada setor, reconhecendo suas peculiaridades e desafios únicos.

As informaçõessão da Agência Brasil. Imagém da Polícia Federal.

 

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