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Lula anuncia a adesão do Brasil à Opep+ visando investimentos em energias renováveis

Presidente Lula destaca a participação brasileira na Opep+ para influenciar produtores de petróleo em direção a energias limpas e renovação do setor.

Neste sábado, durante um evento internacional, mais de 100 governos se comprometeram a triplicar o uso de energias renováveis até 2030, visando incluir essa meta no acordo final da COP – Conferência das Partes, dentro de 10 dias, com o apoio de quase 200 países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil ingressará na Opep+ com o intuito de persuadir os países produtores de petróleo a investir em combustíveis sustentáveis.

O discurso inicialmente previsto para o Papa Francisco, que se recupera de uma inflamação pulmonar, foi representado pelo secretário de Estado do Vaticano. O enfoque recaiu na importância das decisões atuais para o futuro global.

Em um cenário sem a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a vice-presidente Kamala Harris procurou destacar os esforços dos EUA como uma liderança climática, ressaltando a adesão do país a uma aliança para a eliminação gradual das centrais elétricas que queimam carvão, considerado um dos combustíveis mais poluentes.

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, recebeu apoio do enviado dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, em prol do plano de transformação ecológica. Kerry expressou interesse em parcerias com empresas brasileiras para impulsionar a produção de energia limpa.

Em diálogo com representantes da sociedade civil brasileira, o presidente Lula foi confrontado com diversas demandas, incluindo a urgência pelo fim da dependência do petróleo.

Na semana anterior, um comentário do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a entrada do Brasil na Opep+, gerou reações negativas entre ambientalistas. Silveira mencionou a adesão do país à organização em janeiro, composta pelos principais produtores de petróleo do mundo, como a Rússia.

Neste sábado, Lula confirmou a adesão do Brasil à Opep+ e indicou o propósito do governo em pressionar os produtores por alternativas energéticas. O presidente ressaltou: “A participação na Opep+ é crucial para convencer os países produtores de petróleo a se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis”.

Além disso, Lula abordou questões globais, pedindo por cessar-fogo e negociações em conflitos, como na Ucrânia e na Faixa de Gaza, além de manifestar emoção ao mencionar a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

No mesmo evento, Lula teve reuniões bilaterais, incluindo um encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, que expressou oposição ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, alegando que é um pacto desatualizado e incompatível com as diretrizes de descarbonização.

Foto da internet

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