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Pedido de Impeachment do Desembargador por Declarações Polêmicas sobre a PM de Goiás.

Governador Caiado solicita a destituição do magistrado que defendeu a extinção da Polícia Militar

O recém-empossado desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Adriano Roberto Linhares Camargo, causou controvérsia ao expressar sua opinião sobre a extinção da Polícia Militar durante uma sessão de julgamento da Seção Criminal do TJ-GO. Ele argumentou que a PM de Goiás estava envolvida em “abusos e excessos recorrentes” e defendeu a adoção de uma abordagem diferente na área de investigação e repressão de crimes.

Após a repercussão de suas declarações, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que estava em viagem internacional, gravou um vídeo protestando contra as palavras de Adriano Roberto Linhares, pedindo seu impeachment e acusando-o de prejudicar a Polícia Militar de Goiás e o estado democrático de direito.

Caiado declarou: “As declarações desse senhor devem ser avaliadas pelo Conselho de Ética do Tribunal de Justiça, que deve considerar sua destituição, uma vez que ele não demonstra as qualidades mínimas necessárias para o cargo de desembargador. Sua postura é desrespeitosa, agressiva e inconsequente.”

Ele acrescentou que instruiu o procurador-geral do Estado a preparar um documento para encaminhar ao corregedor, buscando a aplicação de penas adequadas a um cidadão que, em sua opinião, não possui as qualificações necessárias para ser desembargador.

Em resposta ao confronto com o governador, o desembargador Adriano Linhares afirmou que sua intenção nunca foi ofender o governador e que suas observações sobre a PM estavam relacionadas ao contexto da sessão da Corte. Ele expressou seu pesar pelo mal-estar causado e esperou que a situação pudesse ser superada rapidamente.

Adriano Linhares assumiu o cargo de desembargador do TJ-GO em agosto do ano passado, após mais de duas décadas de atuação como juiz em diversas comarcas de Goiás.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) divulgou uma nota esclarecendo que as opiniões expressas pelo desembargador são de natureza pessoal e não refletem a posição oficial do tribunal em relação à Polícia Militar de Goiás, à qual o TJ-GO presta alto respeito e consideração por seus serviços à população. Quanto à possível abertura de um processo contra o desembargador, o tribunal afirmou que está examinando a questão após ter conhecimento dos fatos.

Com as informações do site Jurinews. Foto: Reprodução da internet

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