A Incrível História da Captura do Brasileiro Foragido nos EUA: Raios, Câmeras Térmicas e a Mordida de um Cão Farejador”

Danilo Cavalcante, condenado à prisão perpétua pelo brutal assassinato de sua ex-namorada a facadas, evadiu-se da prisão na Pensilvânia há duas semanas. No entanto, sua captura, que ocorreu nesta quarta-feira (13), foi marcada por uma série de eventos extraordinários durante a megaoperação conduzida pela polícia estadual em cooperação com o FBI.

As horas finais da operação para recapturar Danilo Cavalcante, o brasileiro que havia fugido da prisão nos Estados Unidos, foram repletas de elementos surpreendentes. Eles começaram quando um alarme residencial disparou inadvertidamente no meio da noite, dentro da área onde cerca de 500 policiais estavam em busca.

Embora a busca inicial no local não tenha revelado nada suspeito, esse incidente direcionou a operação para essa área específica. A operação mobilizou aviões, helicópteros, equipes terrestres e cães farejadores para intensificar a busca. Uma das aeronaves envolvidas estava equipada com câmeras térmicas que detectam o calor humano.

Uma dessas câmeras identificou um ponto suspeito em uma área de vegetação baixa, direcionando novamente o foco da operação. No entanto, um elemento inesperado, uma forte tempestade com muitos raios, interrompeu temporariamente a operação, forçando o avião com as câmeras térmicas a retornar à base e as equipes terrestres a buscar abrigo.

As buscas foram retomadas pela manhã, após o término da tempestade. A polícia concentrou seus esforços no ponto de calor identificado pelas câmeras térmicas. Homens em terra cercaram o local, apoiados por cães farejadores. Lá, eles confirmaram a presença de Cavalcante por volta das 08h no horário local (09h no horário de Brasília).

Cavalcante estava escondido sob uma pilha de madeira e só percebeu a presença da polícia quando já estava cercado. Ao avistar os policiais, ele tentou fugir, rastejando pela vegetação, carregando consigo um rifle. Nesse momento, os policiais liberaram um dos cães farejadores da equipe, que conseguiu detê-lo com uma “mordida leve”, evitando a necessidade de disparos de arma de fogo.

Após a captura, Cavalcante foi atendido por um médico devido à mordida do cão, mas o ferimento foi considerado leve pelas autoridades policiais. Um aspecto notável da operação foi que nenhum tiro foi disparado em nenhum momento, mesmo considerando que o fugitivo estava armado.

Essa prisão ocorreu no 14º dia de uma intensa operação que mobilizou 500 policiais, envolveu o FBI e levou ao fechamento de escolas e parques. Durante sua fuga, Cavalcante percorreu 38 quilômetros a pé, roubou uma van e um rifle, além de ter um confronto armado com um morador local. As autoridades estão agora aguardando a decisão da Justiça sobre possíveis penas adicionais relacionadas à fuga.

Durante o período em que permaneceu foragido, Cavalcante foi registrado em câmeras de segurança e avistado por moradores em várias ocasiões. Sua captura ocorreu após roubar um rifle de uma garagem e trocar tiros com um morador, resultando em seu cerco e prisão pelas autoridades policiais.

A operação de busca que se estendeu por 14 dias enfrentou críticas devido à demora em localizar o fugitivo, que estava dentro de um perímetro relativamente restrito. No entanto, o tenente-coronel George Bivens defendeu a estratégia adotada e negou qualquer falha. Ele explicou que a tática consistia em cercar Danilo Cavalcante e aplicar pressão sobre ele até que ficasse acuado, o que eventualmente levou à sua captura.

Bivens afirmou com confiança: “A polícia está fazendo um ótimo trabalho. Sabemos que ele está dentro do nosso perímetro de buscas, e Cavalcante será preso o quanto antes.” Durante as operações de busca, escolas chegaram a cancelar as aulas, e as autoridades pediram aos moradores que evitassem sair de casa e que mantivessem suas portas trancadas.

A polícia também utilizou as redes sociais para comunicar às comunidades locais que os residentes deveriam tomar precauções, como trancar portas e janelas, proteger seus veículos e permanecer em suas residências, a fim de garantir a segurança durante o cerco ao fugitivo.

Com as informações do G1