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Prefeita de Vitorino Freire (MA) é alvo de Investigação da PF sobre Desvios na Codevasf

Operação Odoacro revela esquema de desvio de verba pública envolvendo a prefeita de Vitorino Freire

Nesta sexta-feira (1º), a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga supostos desvios de recursos na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A operação, intitulada “Odoacro,” teve sua investigação iniciada em 2021 e já passou por duas fases anteriores, com o objetivo de desbaratar um esquema criminoso que envolve diversas empresas e figuras públicas.

A ação culminou no afastamento da prefeita Luanna Rezende do cargo, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Luanna estava em seu segundo mandato como prefeita da cidade. Enquanto isso, o ministro Juscelino Filho pode ser investigado no caso, mas não foi alvo de mandados de busca ou prisão.

A Codevasf, uma estatal responsável por executar obras e prestar serviços em estados do Nordeste, Norte e no Distrito Federal, tornou-se o epicentro da investigação da PF. A principal empresa apontada no esquema é a Construservice, cujo sócio oculto, Eduardo Costa Barros, foi preso na primeira fase da operação. Segundo as autoridades, Eduardo comandava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, operando por meio do desvio de verba pública e fraudes em licitações.

A estratégia dos criminosos consistia na criação de empresas fictícias, que simulavam concorrência durante os processos licitatórios, visando sempre beneficiar a empresa de Eduardo como vencedora. A Construservice celebrou contratos com a Codevasf para a realização de obras de pavimentação com asfalto ou bloquetes, que abrangeram 12 municípios e foram assinados entre 2019 e 2021, somando um montante de R$ 15 milhões em contratos.

Destaca-se que a Construservice foi a segunda empresa que mais firmou contratos com a Codevasf durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na segunda fase da operação Odoacro, um gerente da Codevasf também foi afastado de suas funções sob suspeita de ter recebido aproximadamente R$ 250 mil das empresas envolvidas no esquema.

A operação Odoacro continua a revelar detalhes de um intricado esquema de corrupção que afeta tanto o setor público quanto o privado, lançando luz sobre a importância das investigações para a manutenção da integridade das instituições e o combate à corrupção no país.

Foto: reprodução do Fecebook

Com as informações do G1

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