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Aumento Alarmante de Mortes entre Quilombolas entre 2018 e 2022, Revela Estudo

Pesquisa Aponta para o Crescimento da Violência contra Comunidades Tradicionais, Expondo o Racismo Estrutural

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Reescreva, com outras palavras, este texto, com título e subtítulo: Especialistas explicam por que o Pantanal tem recorde de incêndios em plena época de chuva O fogo já consumiu mais de 1 milhão de hectares do Pantanal neste ano, o triplo do que foi registrado em 2022. É o pior novembro em quantidade de incêndios em 21 anos.. Nesta semana, os incêndios no Pantanal chegaram à rodovia Transpantaneira, que liga o município de Poconé, a 104 km de Cuiabá, a Porto Jofre, na divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul. No entanto, o bioma já vem queimando há mais de 30 dias, nos dois estados. Até o momento, o fogo consumiu mais de um milhão de hectares da biodiversidade, o triplo do que foi registrado no ano de 2022 inteiro. É o pior novembro em número de incêndios em 21 anos. Pouca chuva e os efeitos do El Niño explicam o recorde de focos de fogo em pleno período chuvoso, que vai de outubro a março, segundo especialistas. De acordo com o meteorologista Guilherme Borges existem regiões isoladas em que não se pode atribuir a culpa dos incêndios à ação humana. “As pancadas de chuva na região não acumulam valores significativos e geralmente estão acompanhadas por raios. Quando esses raios atingem o solo e entram em contato com a vegetação já muito seca, favorecem a ocorrência de queimadas. Outro fator importante são os ventos, que ajudam a espalhar o fogo com mais facilidade”, explica. Assim, as temperaturas tendem a ficar mais elevadas, enquanto a chuva ocorre de maneira irregular, em pancadas associadas ao forte calor, sem acumular valores significativos que possam combater os focos de incêndio. O coordenador de inteligência territorial do Instituto Centro de Vida (ICV), Vinícius Silgueiro, disse ao g1 que a situação atual dos incêndios, neste mês, é um claro indicativo das mudanças climáticas em curso. Segundo ele, os dados revelam a redução dos períodos de chuva, agravada este ano pelo fenômeno El Niño, resultando em um significativo aumento de temperatura. “Essa situação do bioma pantaneiro mato-grossense dos incêndios faz com que Poconé seja o município líder em área queimada em todo estado de Mato Grosso. Mais de 15% do município já foi queimado”, disse 🔥Pantanal em chamas O fogo já consumiu mais de 1 milhão de hectares do Pantanal neste ano, o triplo do que foi registrado em 2022, conforme dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ). Somente nos primeiros 15 dias de novembro foram 3.024 focos, o pior registro para o mês na série histórica desde 2002, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na última terça-feira (14), os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram ambiental devido aos incêndios que avançam. Uma equipe do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad), resgatou mais animais nessa quinta-feira (16), na região da Transpantaneira. Uma ave da espécie cabeça seca foi encontrada com parte do corpo sangrando e foi atendida pela equipe veterinária. Em outro registro, é possível ver um sapo se refrescando com água oferecida pela equipe de resgate. A água cai de uma garrafa d’agua que um dos voluntários seguram, enquanto outro está com o animal em mãos. O bioma O Pantanal abriga uma diversidade única, incluindo várias espécies ameaçadas, ao todo são: 🌱3,5 mil espécies de plantas 🐟325 espécies de peixes 🐸53 espécies de anfíbios 🐊98 espécies de répteis 🦜656 espécies de aves 🐆159 tipos de mamíferos Onça-pintada, jacaré, tuiuiú, ipês, jacarandás e entre outros integrantes representam o Pantanal. Além disso, ele atua como regulador natural de enchentes, porque absorve e armazena água durante períodos chuvosos. O Pantanal também funciona como um reservatório de água doce com altitudes que alcançam 150 metros. Seus recursos hidrológicos são importantes para o abastecimento das cidades, onde vivem aproximadamente 3 milhões de pessoas, no Brasil, Bolívia e Paraguai.
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Título: Desvendando os Motivos por Trás do Aumento Drástico de Incêndios no Pantanal durante o Período de Chuvas

Subtítulo: Especialistas Analisam as Causas do Alarmante Número de Focos de Incêndio no Bioma Pantaneiro

Os incêndios no Pantanal atingiram proporções devastadoras, consumindo mais de 1 milhão de hectares este ano, triplicando os registros de 2022. Este novembro marcou o pior índice de incêndios em 21 anos, afetando áreas ao longo da rodovia Transpantaneira, de Poconé a Porto Jofre, divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul. Essa queima persiste há mais de um mês, assolando ambos os estados. O aumento é alarmante, ultrapassando em três vezes a área queimada em todo o ano anterior. A escassez de chuvas e a influência do El Niño explicam o recorde de focos de incêndio durante o período tipicamente chuvoso, de outubro a março, de acordo com especialistas.

Guilherme Borges, meteorologista, aponta que as chuvas na região são curtas e frequentemente acompanhadas por raios. Estes raios, ao atingirem a vegetação extremamente seca, promovem as queimadas. Os ventos intensificam o alastramento do fogo. Esse cenário resulta em temperaturas mais altas, enquanto as chuvas, associadas ao calor intenso, são insuficientes para extinguir os incêndios.

Vinícius Silgueiro, do Instituto Centro de Vida (ICV), destaca que a situação atual é um reflexo das mudanças climáticas em curso. A redução nos períodos de chuva, agravada pelo El Niño, tem elevado significativamente as temperaturas.

Os dados apontam Poconé como o município mais afetado, com mais de 15% de sua área já consumida pelo fogo. Registros do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa/UFRJ) indicam que novembro teve 3.024 focos, o pior número desde 2002, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência devido ao avanço dos incêndios.

As equipes de resgate têm trabalhado incansavelmente para salvar a fauna afetada. Os impactos são visíveis, com aves e sapos feridos sendo tratados e reidratados pelos voluntários do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad).

O Pantanal, lar de uma diversidade ímpar, abriga inúmeras espécies ameaçadas. Além disso, desempenha um papel crucial na regulação natural de enchentes, absorvendo e armazenando água durante os períodos chuvosos. Com 3,5 mil espécies de plantas, 325 de peixes, 53 de anfíbios, 98 de répteis, 656 de aves e 159 de mamíferos, o bioma é o habitat de onças-pintadas, jacarés, tuiuiús, ipês, jacarandás, entre outros. Sua importância se estende como reservatório de água doce, essencial para o abastecimento de aproximadamente 3 milhões de pessoas no Brasil, Bolívia e Paraguai.

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Reescreva, com outras palavras, este texto, com título e subtítulo: Média de mortes de quilombolas dobra entre 2018 e 2022, diz pesquisa Apenas em 2023, estudo preliminar já indica sete mortes violentas. Três meses após o assassinato de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, na Bahia, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos divulgaram, nesta sexta-feira (17), um estudo que mostra o crescimento da violência em comunidades tradicionais. Segundo a nova edição da pesquisa Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil, a média anual de assassinatos praticamente dobrou nos últimos cinco anos, se comparado ao período de 2008 a 2017. A morte de Mãe Bernadete, em agosto, não está contabilizada no estudo. Em 2023, há um levantamento preliminar de sete mortes. A pesquisa mostra que, entre 2018 e 2022, houve 32 assassinatos em 11 estados. Ainda de acordo com o estudo, as principais causas desses ataques foram conflitos fundiários e violência de gênero. Ao menos 13 quilombolas foram mortos no contexto de luta e defesa do território. As entidades pretendem entregar o estudo a autoridades do Executivo federal e estaduais e secretarias de Justiça dos estados, além do Poderes Legislativo e Judiciário a partir desta sexta-feira. Na primeira edição da pesquisa (2008 a 2017), havia um mapeamento de 38 assassinatos ocorridos no período de dez anos (2008-2017). A média anual de assassinatos, que era de 3,8, passou a ser de 6,4 ao ano. Em 15 anos, 70 quilombolas foram assassinados. Racismo Segundo uma das pesquisadoras, a socióloga Givânia Maria da Silva, coordenadora do coletivo nacional de educação da Conaq, o levantamento foi feito em campo nas próprias comunidades. Ela identifica que os números vão além do que é noticiado pelos meios de comunicação e espelham uma estrutura racista da sociedade brasileira. A questão da terra no Brasil é fundamental na discussão, assinalam as entidades pesquisadoras. “Ao falar da política de terra, a gente vê o quanto essa questão é atravessada pelo racismo. No Brasil, a impressão que eu tenho é que falar de terra, tendo pessoas negras como proprietárias, parece que ainda é mais grave”, acentua. O coordenador da Terra de Direitos, Darci Frigo, sublinha que demonstrações de racismo estrutural e institucional formam o pano de fundo da violência. Ele acrescenta que a morosidade do processo de regularização fundiária proporciona que a violência se amplie. Por isso, é necessário, explica, que a gestão pública atue tanto no combate à violência como nas ações de garantia de direitos. “Não ter política pública gera mais violência”, opina. Os estados do Maranhão (9), Bahia (4), Pernambuco (4) e Pará (4) têm os maiores números de casos. “Se a gente fosse atualizar, a Bahia estaria em primeiro lugar. A Mãe Bernadette morreu da mesma forma que o filho dela. O filho morreu reivindicando o território e ela buscando justiça pela morte do filho. É mais um direito silenciado a partir do assassinato”, afirmou. Comunidades como alvos O filho de Mãe Bernadete, Jurandir Wellington Pacífico, de 43 anos, também entende que a falta da titulação da terra propiciou o assassinato da mãe dele. “As terras quilombolas são fontes de energia e também são alvos da grilagem e do tráfico”, disse o gestor cultural, que também é liderança do Pitanga dos Palmares. “Minha mãe era uma representante mundial da causa e que sempre lutou pelo empoderamento feminino”, acrescenta. A socióloga Givânia Silva entende que a pesquisa pode trazer mais visibilidade às necessidades dos governos federal e estaduais de darem mais atenção à problemática, uma vez que houve perda de orçamento para segurança pública desde 2016. As entidades realizadoras do estudo explicam que, além de assassinatos, o estudo traz um levantamento de violações de direitos sofridos por comunidades quilombolas em que houve identificação de morte causada por crimes. Segundo a pesquisa, em 10 das 26 comunidades em que foram registrados assassinatos não há processos abertos no Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), autarquia responsável pela regularização fundiária dos territórios quilombolas. Nessa situação, sete assassinatos (70%) foram motivados por conflitos fundiários. Entre os 11 quilombos que estão totalmente ou parcialmente titulados, os conflitos fundiários representaram 27% dos assassinatos. O estudo chama atenção para 1.805 processos abertos no Incra para regularização fundiária de territórios quilombolas, segundo a Fundação Palmares Proteção dos defensores As entidades recomendam que o Estado e municípios elaborem planos de titulação dos territórios quilombolas, com metas concretas anuais, orçamento adequado e estrutura administrativa para a titulação dos territórios quilombolas. O levantamento reitera a necessidade de proteção a defensores e defensoras de direitos humanos. Nessa linha, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania reinstalou a Comissão Nacional do Enfrentamento à Violência no Campo. O grupo, em reunião nesta semana, reiterou a necessidade de consolidação da proteção coletiva de povos indígenas e quilombolas. A comissão pretende definir protocolo de investigação de crimes praticados “contra defensores de direitos humanos e a morosidade das ações voltadas à reforma agrária e demarcação de territórios tradicionais que acaba por escalar tensões e conflitos”. Os membros do grupo devem ter encontros mensais para elaborar uma proposta de anteprojeto de lei sobre a Política Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, aos Comunicadores e aos Ambientalistas. O prazo para conclusão do trabalho é de seis meses. A página do Incra (autarquia responsável pela titulação dos territórios quilombolas) aponta que a política de regularização fundiária de terras quilombolas é “de suma importância para a dignidade e garantia da continuidade desses grupos étnicos”. O endereço disponibiliza documentos como o acompanhamento de processos de regularização quilombola e a relação de processos de regularização de territórios quilombolas abertos. Dor e luto Filho da Mãe Bernadete, Jurandir Pacífico, mesmo em dias de dor e luto, busca honrar a memória de luta da mãe. No ano que vem, pretende inaugurar um instituto que leva o nome dela com o objetivo de manter todo o legado cultural e social da mãe. Além disso, quer ajudar comunidades com documentação. “O instituto terá a responsabilidade de desenvolver e executar o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação, que é fundamental para registro e titulação das terras quilombolas”, frisou. É assim também que ele quer fazer valer, na prática, o que repete diariamente em sua comunidade: “Mãe Bernadete, presente”.
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Título: Aumento Alarmante de Mortes entre Quilombolas entre 2018 e 2022, Revela Estudo

Subtítulo: Pesquisa Aponta para o Crescimento da Violência contra Comunidades Tradicionais, Expondo o Racismo Estrutural

Um estudo preliminar realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e pela Terra de Direitos destaca um preocupante aumento na média de mortes de quilombolas nos últimos cinco anos. O levantamento revela que a média anual de assassinatos praticamente dobrou entre 2018 e 2022, em comparação ao período de 2008 a 2017.

Mesmo com a morte de Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, na Bahia, em agosto, não sendo contabilizada no estudo, os números de 2023 indicam um levantamento preliminar de sete mortes violentas. Entre 2018 e 2022, foram registrados 32 assassinatos em 11 estados, sendo os principais motivos desses ataques os conflitos fundiários e a violência de gênero.

A pesquisa destaca que pelo menos 13 quilombolas foram mortos enquanto defendiam seus territórios. As entidades planejam apresentar o estudo às autoridades federais e estaduais, secretarias de Justiça, além dos Poderes Legislativo e Judiciário, a partir desta sexta-feira.

Em um intervalo de 15 anos, entre 2008 e 2022, 70 quilombolas foram assassinados, revelando um quadro de violência constante. A socióloga Givânia Maria da Silva, coordenadora do coletivo nacional de educação da Conaq, ressalta que o levantamento foi feito diretamente nas comunidades quilombolas, evidenciando números que vão além do que é reportado pela mídia e refletindo a estrutura racista da sociedade brasileira.

A análise salienta que a questão da terra é crucial nesse contexto, apontando para uma percepção de que a presença de pessoas negras como proprietárias dessas terras parece aumentar a gravidade dos conflitos fundiários. Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos, destaca que o racismo estrutural e institucional alimenta a violência, e a lentidão nos processos de regularização fundiária contribui para a escalada desses conflitos.

Estados como Maranhão, Bahia, Pernambuco e Pará lideram em números de casos. Jurandir Wellington Pacífico, filho de Mãe Bernadete, acredita que a falta de titulação das terras quilombolas foi um fator determinante para o assassinato de sua mãe, ressaltando que essas terras são alvos de grilagem e tráfico.

A pesquisa também ressalta a falta de processos abertos no Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra) em algumas comunidades onde ocorreram os assassinatos, destacando a importância da regularização fundiária para a segurança dessas comunidades.

As entidades demandam que sejam elaborados planos de titulação dos territórios quilombolas pelos governos estaduais e federais, além da proteção aos defensores dos direitos humanos. O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania reinstalou a Comissão Nacional do Enfrentamento à Violência no Campo, buscando consolidar a proteção desses grupos étnicos e a investigação de crimes contra defensores de direitos humanos. As iformações são da Agência Brasil. A foto é reprodução da internet.

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