Em uma demonstração de esforços humanitários, a Operação Voltando em Paz, realizada pelo governo brasileiro, resgatou 32 pessoas da Cisjordânia, na Palestina. Esse grupo era composto por 30 brasileiros, uma jordaniana e um palestino, ambos casados com brasileiros, que manifestaram o desejo de deixar a região afetada pelo conflito.
Os resgatados foram transportados em vans e ônibus de 11 cidades diferentes da Cisjordânia até a cidade de Jericó. A partir dali, seguiram em um ônibus fretado pelo governo brasileiro até a capital da Jordânia, Amã, em um trajeto de pouco mais de uma hora. Notavelmente, os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil como medida de segurança, e as autoridades da Palestina e de Israel foram informadas sobre as placas, trajetos e listas de passageiros.
Após chegar ao Aeroporto Internacional Queen Alia, em Amã, o grupo embarcou em uma aeronave cedida pela Presidência da República. A previsão é de que pousem na Base Aérea de Brasília às 5h30 da manhã de quinta-feira (2). Uma vez de volta ao Brasil, os repatriados seguirão para diversas cidades, incluindo São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro, Curitiba e Foz do Iguaçu (PR).
Com a repatriação desses 32 brasileiros, o total de cidadãos brasileiros resgatados da região afetada pelo conflito já chega a 1.446, graças aos esforços do governo brasileiro que patrocinou oito voos para trazer seus cidadãos de volta.
Outro grupo de 34 brasileiros e seus familiares ainda aguarda a oportunidade de deixar a Faixa de Gaza, estando localizados no Sul do enclave, próximo à fronteira com o Egito. Recentemente, pela primeira vez desde o início do conflito, a fronteira foi aberta para a saída de palestinos feridos e de um grupo de cerca de 450 estrangeiros, alimentando esperanças de que os brasileiros também possam retornar em breve.
O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, destacou a importância dessas ações humanitárias e expressou a expectativa de que novas listas incluam os brasileiros para a repatriação.
A Cisjordânia, parte do território da Palestina reconhecido internacionalmente, é controlada parcialmente pela Autoridade Palestina, reconhecida por Israel e pela maior parte da comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino. Nas últimas semanas, a região testemunhou um aumento da violência, incluindo assassinatos, confrontos e ataques de colonos israelenses contra palestinos, em meio às hostilidades na Faixa de Gaza.
Até o momento, o conflito na Cisjordânia resultou em 123 palestinos assassinados, incluindo 34 crianças, e 2.206 feridos. No lado israelense, um soldado foi morto e 13 ficaram feridos desde o início das hostilidades, que já duram 26 dias. As informações são da Agência Brasil. Foto: Representação Brasileira na nacidade de Ramala/Divulgação
