Massacre aéreo russo promove destruição em massa na Ucrânia: mais de 500 drones e 45 mísseis lançados no último sábado
Em um ataque noturno sem precedentes na actual fase de conflito, as forças russas lançaram uma ofensiva aérea massiva com impacto civil avassalador. Zelenskyy pede sanções mais rígidas enquanto a Ucrânia reforça suas defesas.

O ataque devastador: números e alvos atingidos
No sábado, 30 de agosto de 2025, a Rússia iniciou um ataque aéreo massivo contra a Ucrânia, empregando mais de 500 drones e 45 mísseis como parte de uma ofensiva coordenada que atingiu sobretudo a região sudeste, especialmente Zaporizhzhia, além de impactar 14 regiões do país The GuardianAP NewsReuters.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, o sistema de defesa derrubou a maioria dos projéteis: foram interceptados 510 drones e 38 mísseis lançados pelos russos The GuardianAP News. Mesmo assim, dezenas de drones e mísseis atingiram alvos, causando destruição em múltiplas localidades. Em Zaporizhzhia, uma vítima fatal — um civil — foi registrada, além de 24 feridos (três deles, crianças) AP NewsReutersABC News.
O ataque resultou em apagão para cerca de 25 mil moradores da cidade, segundo o governador regional Ivan Fedorov The GuardianReuters. Infraestruturas residenciais foram severamente danificadas — incluindo um prédio de cinco andares atingido — e houve relatos de incêndios em várias regiões atingidas The GuardianAP NewsNew York Post.
Reações, contexto geopolítico e resposta internacional
O presidente Volodymyr Zelenskyy condenou o ataque com veemência, afirmando que os russos “lançaram quase 540 drones, 45 mísseis e outros armamentos” contra a população civil, evidenciando um “desprezo absoluto pelas palavras” — referindo-se a tentativas anteriores de negociação The Guardian.
Já observadores internacionais vinculam o ataque a uma estratégia conhecida como “percussive negotiation”, termo que descreve a tentativa de utilizar força militar exagerada para coagir a parte adversária. O objetivo seria fragilizar moralmente os ucranianos e pressionar diplomatas a ceder a termos impostos pela Rússia The Times.
Líderes europeus, como a chefe da diplomacia da União Europeia Kaja Kallas, exigiram pacotes mais rigorosos de sanções contra o Kremlin, enquanto o chanceler alemão Friedrich Merz alertou que a ofensiva continuaria até que a Rússia fosse enfraquecida economicamente e militarmente The Guardian. O primeiro-ministro britânico também criticou a tática como sabotagem à diplomacia The Times.
Impacto nacional e repercussões na linha de frente
Mesmo sob pressão militar, a Ucrânia conseguiu realizar contra-ataques e retaliar em alvos estratégicos: refinarias de petróleo em Krasnodar e Syzran foram atacadas, gerando incêndios importantes e afetando a produção em solo russo The GuardianAP News.
Além disso, o alto comando russo anunciou ganhos territoriais desde março: mais de 3.500 km² capturados, inclusive 149 povoados The Guardian. As forças russas alegaram manter a “iniciativa estratégica” em múltiplas frentes.
No campo político interno da Ucrânia, o assassinato do ex-presidente da Assembleia, Andriy Parubiy, em Lviv, por um atirador mascarado, também marcou o sábado como um dia de intensificação não apenas militar, mas também de instabilidade política. O caso está sob investigação The GuardianThe Times.
Conclusão: escalada bélica e risco humanitário
O ataque do sábado representa uma das ofensivas aéreas mais intensas desde o início da invasão russa, combinando centenas de drones e dezenas de mísseis com foco em objetivos civis e infraestrutura crítica — uma clara demonstração de escalada deliberada e agressiva.
Enquanto o teto dos sistemas de defesa ucranianos continua sendo testado, a resposta internacional se intensifica. Zelenskyy e aliados pedem sanções punitivas e apoio militar robusto para dissuadir novos ataques. Ao mesmo tempo, a Ucrânia busca reagir estrategicamente, atacando meios de sustentação russo — salientando que a guerra não é apenas convencional, mas uma batalha por infraestrutura, imagem e resistência civil.
A escalada da violência exigirá respostas coordenadas de diplomacia, sanções econômicas e apoio militar — sob risco concreto de maior devastação e prolongamento do conflito.