O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificou a tentativa de golpe de Estado, atualmente sob investigação pela Polícia Federal, como uma “irresponsabilidade de uma minoria insensata”. Nesta quinta-feira (8), Pacheco reforçou a necessidade de uma investigação detalhada sobre os “fatos graves” que estão sendo apurados.
A operação da PF revelou uma proposta de decreto que visava instaurar um estado de exceção e autorizava a prisão de autoridades eleitas, incluindo Pacheco. O documento, segundo as investigações, foi apresentado a Jair Bolsonaro por Filipe Martins e Amauri Feres Saad.
Por meio de uma declaração oficial, o Presidente do Senado expressou: “Trata-se de uma tentativa insensata liderada por uma minoria irresponsável, que pretendia impor um estado de exceção e a prisão de autoridades eleitas democraticamente. Agora, é responsabilidade da Justiça aprofundar as investigações para esclarecer completamente esses incidentes graves.”
A minuta descoberta pela PF sugeriu a prisão de várias figuras de autoridade, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. A PF iniciou a Operação Tempus Veritatis sob a autorização de Moraes para investigar o esquema criminoso por trás da tentativa de golpe, visando beneficiar politicamente Bolsonaro.
A operação resultou em 33 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas e 48 medidas cautelares, afetando diretamente Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. As ações ocorreram em diversos estados brasileiros, com foco em aliados próximos a Bolsonaro, incluindo ex-ministros militares.
Reações no Senado. No Senado, a operação provocou debates acalorados. O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, criticou a falta de transparência nos processos jurídicos do país, enquanto o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) apontou para uma “situação de anormalidade” e acusou uma tendência autoritária nas recentes ações judiciais, interpretando as prisões e apreensões como uma tentativa de desqualificar protestos contra o governo. Imagem do site do Senado Federal, publicada na internet
Da Redação
