Durante o evento de aniversário ocorrido em 8 de janeiro, intitulado “Democracia Inabalada”, tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizaram a importância de responsabilizar os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes da República, ocorridos no mesmo dia, por volta de um ano atrás.
No discurso, Lula mencionou que não deve haver tolerância para aqueles que atentam contra a democracia, contra o país e seu povo, considerando que o perdão seria sinônimo de impunidade e poderia, por sua vez, incentivar novos atos semelhantes. Ele enfatizou a necessidade de uma punição exemplar para todos os responsáveis pelo financiamento, planejamento e execução dos eventos relacionados à tentativa de golpe.
O ministro Alexandre de Moraes também se posicionou sobre o assunto, destacando que os participantes dos eventos serão responsabilizados conforme a extensão de suas culpas.
O encontro ocorreu no Congresso Nacional e contou com a presença de diversas figuras, incluindo o presidente do Senado Rodrigo Pacheco, ministros do STF como Luís Roberto Barroso, mas não teve a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira, devido a questões familiares. Por outro lado, governadores aliados de Bolsonaro não compareceram, ao contrário do ocorrido em um ato anterior no Palácio do Planalto, no qual demonstraram uma forte união contra os extremistas.
O episódio de um ano atrás envolveu milhares de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), insatisfeitos com a eleição e posse do presidente Lula, que invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF. O ex-presidente Lula enfatizou que, se o golpe fosse bem-sucedido, o país estaria enfrentando um caos econômico e social, além de um retrocesso no combate à fome e desigualdade.
O ministro Alexandre de Moraes também abordou a disseminação de notícias falsas nas redes sociais, ressaltando a necessidade de regulamentação moderna, similar à já existente em países democráticos como a União Europeia e o Canadá.