À medida que o cenário eleitoral argentino avança em direção ao segundo turno, previsto para este domingo (19), os candidatos Sergio Massa e Javier Milei apresentam abordagens radicalmente distintas para liderar o país nos próximos quatro anos, em meio a um contexto econômico desafiador com a inflação atingindo 142,7% ao ano.
Milei, deputado pela La Libertad Avanza, tem fundamentado sua campanha majoritariamente em propostas econômicas, refletindo sua expertise nesse campo. Por outro lado, Massa, advogado do Unión por la Patria, assume duplo papel como ministro e candidato presidencial, tornando seu posicionamento ainda mais complexo.
As proposições de Massa para o futuro confrontam a exigência de implementação durante seu atual mandato no Palácio do Tesouro. Após as primárias, o ministro-candidato adotou medidas para atenuar os impactos da desvalorização econômica, focando na estabilização dos salários. Entre as ações, destaca-se a eliminação da quarta categoria do imposto de renda, buscando beneficiar os estratos mais altos da pirâmide salarial, e anúncios direcionados aos aposentados e trabalhadores informais.
Massa argumenta que tais medidas são “transitórias, mas alinhadas com a realidade atual”, indicando a possibilidade de direcionamentos futuros distintos.
Já as propostas de Milei delineiam uma perspectiva de transformação do país em um plano de três etapas, com destaque para a redução de despesas públicas, reformas tributárias e cortes em fundos direcionados a reformas e pensões. Sua visão inclui a eliminação do Banco Central para resolver o problema da inflação, a dolarização da economia, a reestruturação da dívida pública, além de abordagens relacionadas à educação, segurança e saúde.
Enquanto Massa propõe equilíbrio fiscal, superávit comercial e desenvolvimento com inclusão, Milei defende reformas abrangentes, privatização de empresas públicas, desregulamentação e mudanças drásticas em diversas áreas, desde educação até imigração e segurança.
Neste contexto polarizado, as propostas antagônicas desses candidatos refletem divergências profundas sobre o caminho a ser seguido para reverter os desafios econômicos e sociais enfrentados pela Argentina, prometendo uma disputa eleitoral decisiva neste segundo turno. As informações são da CNNBrasil – Imagem: Reprodução da Internet
