O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou Israel em um momento de alta tensão no conflito na região. Ontem, terça-feira, 17 de outubro, um hospital na Faixa de Gaza foi atingido por um bombardeio. Durante seu encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Biden indicou que, com base no que observou, acredita que a explosão no hospital Ahli Arab, em Gaza, não foi causada por Israel. No entanto, ele ressaltou que “há muitas incertezas” em relação a esse evento. Vale destacar que o bombardeio resultou na morte de centenas de pessoas, conforme relatado pelo Ministério da Saúde local.
O Hamas acusou Israel de ser o responsável pelo ataque ao hospital Ahli Arab. Em contrapartida, as Forças de Defesa de Israel alegaram que a explosão foi causada por um foguete lançado pelo grupo Jihad Islâmica, que tem ligações com o Hamas. No entanto, o grupo Jihad Islâmica negou qualquer envolvimento na ação.
O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto em memória das vítimas do ataque ao hospital, considerando-o um massacre.
Desde o dia 7 de outubro, quando o conflito teve início com uma série de ataques do Hamas contra Israel a partir da Faixa de Gaza, mais de 4 mil pessoas perderam a vida, e milhares ficaram feridas.
A visita de Biden a Israel tem como objetivo demonstrar o apoio dos Estados Unidos a Israel e, ao mesmo tempo, buscar meios para evitar que o conflito se alastre para outros países na região, como o Irã, o Líbano e a Síria.
Durante sua estadia, Biden pretende fazer perguntas difíceis a seus colegas israelenses, mantendo uma abordagem de amizade e apoio a Israel. Ele também buscará desenvolver um plano com Israel para criar um corredor humanitário destinado a auxiliar civis que se encontram na Faixa de Gaza a deixar a região. No entanto, sua visita à Jordânia após Israel foi cancelada devido à explosão no hospital.
O presidente dos EUA planeja realizar conversas por telefone com os líderes da Palestina, Egito e o rei da Jordânia após seu retorno a Washington.
As Forças de Defesa de Israel fizeram um apelo para que os civis na Faixa de Gaza se dirijam a uma área conhecida como Al-Mawasi, que fica a cerca de 10 km da fronteira com o Egito, no sul da Faixa de Gaza. Nessa região, ajuda humanitária internacional será disponibilizada conforme as necessidades.
Foto: Evan Vucci / AP Photo, divulgação na internet
