NotíciasPolítica

General da Reserva Ligado a Pazuello Tem Celular e Passaporte Apreendidos em Operação da PF

Operação Lesa Pátria investiga envolvimento em atos golpistas de 8 de janeiro

Nesta sexta-feira (29/9), o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, associado a Eduardo Pazuello, foi alvo de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF). A ação faz parte da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo identificar os participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília (DF), quando bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), causando danos generalizados.

O mandado de busca e apreensão, expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), resultou na apreensão do celular, arma e passaporte de Ridauto Fernandes, além do bloqueio de seus bens. O general da reserva foi identificado em um vídeo na Praça dos Três Poderes na ocasião, como participante dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. Na investigação, ele é considerado um dos executores e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas.

Fernandes, que vestia uma camisa do Brasil no dia dos eventos, expressou descontentamento com a invasão e criticou a ação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que utilizou gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Nas redes sociais, o general já manifestou apoio a um golpe de Estado e afirmou que estava disposto a “morrer e matar” pelo Brasil.

O general Ridauto Fernandes é conhecido por fazer parte de um grupo específico dentro das Forças Especiais do Exército Brasileiro, chamado de “kids pretos”. Esse termo é usado para se referir aos militares que se especializam em operações especiais, como ações de sabotagem e incentivo em revoltas populares, que não se transformam em guerra civil. A investigação da PF busca identificar militares que possivelmente fazem parte desse grupo e que teriam envolvimento nos ataques de 8 de janeiro.

Os atos do dia 8 de janeiro resultaram em danos estimados em cerca de R$ 40 milhões ao patrimônio público, após a invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF. Ridauto Fernandes foi ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a gestão de Eduardo Pazuello, cargo que ocupou de julho de 2021 até o final do governo de Jair Bolsonaro. Sua proximidade com Pazuello é notória, e sua nomeação para o cargo ocorreu após a exoneração de Roberto Dias Ferreira, acusado de solicitar propina para fechar um contrato de compra de vacinas contra a Covid-19 durante a pandemia.

Ridauto Fernandes, além de sua atuação no Ministério da Saúde, é figura de destaque dentro das Forças Especiais do Exército Brasileiro, que compõem a elite de combate. Essa nova etapa da Operação Lesa Pátria tem como foco identificar os militares que possivelmente integram as Forças Especiais e estiveram envolvidos no início da invasão às sedes da Praça dos Três Poderes durante os ataques golpistas de 8 de janeiro.

A operação visa aprofundar as investigações sobre os eventos daquele dia, nos quais milhares de pessoas adentraram e causaram danos significativos ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao STF. A quantia estimada de R$ 40 milhões em danos ao patrimônio público evidencia a gravidade dos acontecimentos.

Ridauto Fernandes é uma figura conhecida por sua ligação estreita com Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e sua influência na gestão do Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro. Sua presença na investigação levanta questões sobre o possível envolvimento de outros militares de alta patente em eventos antidemocráticos.

A Operação Lesa Pátria continua a desenrolar-se, com foco na identificação e responsabilização daqueles que participaram dos atos golpistas de janeiro, reforçando o compromisso com a preservação das instituições democráticas do Brasil.

A foto é reprodução da internet

 

Da Redação

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo