Na manhã desta segunda-feira (4/9), chegaram a Brasília (DF) as gravações do sistema de monitoramento do Aeroporto de Roma, na Itália, que registram as agressões contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seu filho. O episódio ocorreu em 14 de julho deste ano, quando o ministro voltava de uma palestra na Universidade de Siena, também na Itália. Os agressores foram identificados como integrantes da família Mantovani e chegaram a ser alvos de mandados de busca e apreensão.
O vídeo, enviado da Itália em formato físico pela empresa de transporte DHL, foi recebido pela Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), responsável pelos pedidos de cooperação jurídica internacional. A longa demora para que as imagens da agressão chegassem ao Brasil ocorreu devido à tramitação do caso no Judiciário italiano, que exigiu uma análise de um promotor e a determinação de um juiz para o transporte das imagens até o território brasileiro.
Uma investigação da Polícia Federal (PF) foi aberta após a denúncia de Alexandre de Moraes de que ele e seu filho foram agredidos verbal e fisicamente. A Senajus, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), confirmou o recebimento do pacote e informou que o encaminhará ainda nesta tarde para a Polícia Federal (PF). Vale ressaltar que a defesa dos suspeitos das agressões ao ministro do STF solicitou acesso antecipado às imagens do sistema de monitoramento, antes que sejam submetidas à perícia da PF.
De acordo com a versão de Alexandre de Moraes, as agressões ocorreram enquanto ele estava na Itália e regressava de uma palestra na Universidade de Siena. Segundo o ministro, seu filho teria sido agredido fisicamente, e o grupo de brasileiros teria proferido ofensas, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Os brasileiros acusados negam a agressão física.