São Paulo em Alerta: Cresce a Insegurança e a População Paga o Preço da Paralisação Política
Por Redação Pauta Brasil | Jornalismo com responsabilidade - Imagem reproduzida da internet

A maior metrópole do Brasil vive dias de apreensão. A cidade de São Paulo, coração econômico do país, tem enfrentado uma escalada preocupante de criminalidade nas últimas semanas. Roubos à mão armada em pleno dia tornaram-se rotina, ocorrendo várias vezes por dia em diferentes regiões da capital. Ônibus são depredados quase diariamente, afetando diretamente a mobilidade e o direito básico de ir e vir da população. O clima é de pânico, desamparo e crescente indignação.
Enquanto a sensação de insegurança se generaliza, o governo estadual parece paralisado. Apesar dos indicadores alarmantes e da cobrança pública, medidas eficazes de contenção ainda não foram apresentadas. A atuação das forças de segurança tem se mostrado insuficiente diante do aumento exponencial da violência urbana, sobretudo nos bairros mais vulneráveis, onde o tráfico e os assaltos estão cada vez mais visíveis — e mais ousados.
Fontes da própria administração paulista reconhecem, nos bastidores, que a situação exige reforço. No entanto, há um impasse político: por questões eleitorais, o governo estadual evita recorrer ao governo federal. O motivo? A possibilidade de o atual governador disputar a presidência da República em 2026, em oposição direta ao presidente em exercício. Assim, qualquer sinal de dependência institucional pode ser lido como fraqueza política — um custo que, infelizmente, quem paga é o povo nas ruas.
Essa omissão estratégica expõe uma triste realidade: a segurança pública, em vez de ser tratada como prioridade de Estado, vem sendo refém de disputas eleitorais. A politização da violência tem consequências diretas para os cidadãos, que já não se sentem protegidos nem mesmo durante o dia, em áreas centrais da capital paulista.
Uma crítica justa deve alcançar ambos os lados. Ao governo estadual, cabe a responsabilidade constitucional de garantir segurança aos seus habitantes. Negar apoio externo diante de uma crise evidente é negligência. Ao governo federal, cabe estar pronto para oferecer cooperação institucional, independentemente de colorações partidárias, e zelar para que a segurança pública não seja convertida em moeda de troca política.
O povo paulista — trabalhador, resiliente, pagador de impostos — merece mais do que discursos. Merece ação. A violência não espera a próxima eleição. E a omissão, quando travestida de estratégia, é uma forma perigosa de abandono.