
Em tempos de polarização política e circulação desenfreada de informações, a imparcialidade do jornalista torna-se um dos pilares mais valiosos do exercício profissional. O verdadeiro jornalista não é aquele que veste a camisa de uma ideologia, mas sim aquele que se compromete com o fato, com a verdade e com a responsabilidade social de informar. Quando um profissional da comunicação ultrapassa a linha entre noticiar e opinar de maneira tendenciosa, corre o risco de transformar a informação em instrumento de manipulação, conduzindo seus leitores, ouvintes ou telespectadores para um lado específico do espectro político — seja à direita ou à esquerda. Essa prática, infelizmente, muitas vezes esconde relações pouco éticas, como a atuação a serviço de interesses financeiros ou políticos alheios ao interesse público.
Por outro lado, o jornalista que se mantém fiel à apuração rigorosa, ao compromisso com a verdade e à neutralidade informativa conquista algo que não se compra: credibilidade. E credibilidade é, sem dúvida, o bem mais precioso desse profissional. É ela que gera respeito, confiança e autoridade diante do público. Produzir conteúdo baseado em fatos, sem distorções, sem fake news e sem “rabo preso” com qualquer interesse que não seja o da sociedade, é o caminho para a dignificação da profissão. Jornalistas comprometidos com a ética e a independência tornam-se referência em um cenário em que o público busca, cada vez mais, informação confiável e transparente. O jornalismo sério, isento e responsável é, portanto, indispensável para a construção de uma sociedade livre, informada e capaz de tomar decisões conscientes.