Zanin Bloqueia R$ 1,8 Milhão e Afasta Servidoras em Caso de Venda de Sentenças
Foto: Andressa Anholete/STF
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 1,8 milhão e o afastamento de servidoras públicas no âmbito de uma investigação envolvendo a venda de sentenças judiciais. A decisão ocorre em resposta a indícios apresentados pela Polícia Federal (PF), que identificou um esquema de transações entre intermediadores, incluindo a compra de uma motocicleta Harley Davidson, possivelmente financiada por recursos ilícitos.
A Investigação
A Polícia Federal revelou indícios de um esquema estruturado, no qual intermediadores negociavam sentenças judiciais em troca de vantagens financeiras. As servidoras afastadas teriam um papel central no esquema, atuando para facilitar a manipulação de decisões judiciais.
Entre os elementos levantados pela investigação, destaca-se a compra de uma Harley Davidson, que teria sido realizada por um dos intermediadores, sugerindo um fluxo de dinheiro incompatível com suas rendas declaradas.
Medidas Adotadas
Atendendo ao pedido da PF, o ministro Zanin determinou:
- Bloqueio de bens no valor de R$ 1,8 milhão, visando garantir a reparação de eventuais danos financeiros ao erário;
- Afastamento imediato das servidoras investigadas, como forma de proteger o andamento das apurações e evitar interferências.
Repercussões
O caso lança luz sobre o desafio da corrupção no Judiciário brasileiro e levanta questões sobre os mecanismos de controle e transparência na gestão de processos judiciais. A decisão de Zanin reflete o compromisso do STF em coibir práticas ilícitas e assegurar a integridade das instituições públicas.
A continuidade das investigações pela Polícia Federal será fundamental para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Conclusão
O bloqueio de bens e o afastamento das servidoras sinalizam um passo importante na luta contra a corrupção no Judiciário. O caso reafirma a necessidade de vigilância constante e medidas firmes para preservar a confiança da sociedade nas instituições judiciais.