Em um mundo repleto de injustiças, a velha máxima “é na omissão dos bons que os maus prosperam” nunca foi tão relevante. A frase, que ressoa com profundidade ética e social, serve como um poderoso lembrete de que a neutralidade frente ao mal é uma forma de consentimento que pode ter consequências devastadoras.
Especialistas em ética e filosofia argumentam que a ação é fundamental quando se trata de combater comportamentos e políticas prejudiciais. Dr. Helena Martins, filósofa e professora de ética na Universidade de São Paulo, explica: “Não existe posição neutra em situações de injustiça. A inação é uma escolha que, consciente ou inconscientemente, apoia o status quo.”
Na política, a omissão pode levar ao fortalecimento de regimes autoritários e políticas opressivas. Vimos isso em diversas partes do mundo, onde a falta de ação por parte da comunidade internacional e de cidadãos dentro dos países em crise permitiu que líderes corruptos consolidassem poder.
No ambiente de trabalho, a não intervenção em casos de assédio moral ou sexual permite que tais comportamentos não só continuem, mas se normalizem. “Quando os colegas e gestores se omitem, o ambiente de trabalho se torna tóxico, minando a moral e a produtividade”, afirma Dr. Carlos Ferreira, psicólogo organizacional.
A frase também implica uma responsabilidade coletiva, chamando organizações e instituições a assumirem um papel ativo na defesa de valores éticos e na promoção de mudanças sociais. A inatividade de grupos que poderiam mobilizar recursos e influência em favor da justiça amplia as desigualdades e perpetua danos.
Por fim, a máxima é um chamado à ação individual. Cada pessoa tem o poder de efetuar mudanças ao não se calar diante de injustiças. “A coragem de agir, mesmo que isoladamente, pode inspirar outros e gerar uma onda de transformações positivas”, conclui Dr. Martins.
Este apelo por uma participação mais ativa na luta contra injustiças é crucial. A história nos mostra repetidamente que o silêncio dos bons é um dos maiores aliados dos maus. Portanto, cabe a cada um de nós não apenas reconhecer o que é correto, mas também agir de acordo com esses princípios para construir uma sociedade mais justa e equitativa.