Na Penitenciária Federal de Mossoró, diversas reformas estavam sendo executadas simultaneamente, conforme informou o corregedor do estabelecimento. A unidade, que começou a operar em 2009, viu a fuga de dois detentos na última quarta-feira, um evento inédito desde a fundação do sistema penitenciário federal em 2006. Investigações da Polícia Federal sugerem que os fugitivos podem ter se aproveitado de equipamentos do local de obras para romper a cerca de segurança.
Segundo o juiz federal Walter Nunes, corregedor do presídio, no momento estão sendo realizadas pelo menos três importantes obras: modificação na área destinada ao banho de sol, com o objetivo de dividir o espaço para uso simultâneo por diferentes grupos de detentos; ampliação e aprimoramento do alojamento dos policiais penais para proporcionar maior conforto; e a construção de um fechamento em uma área externa na entrada para instalação de sistema de climatização, visando combater o forte calor.
Durante uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, Nunes destacou que a fuga foi facilitada pelo uso de ferramentas disponíveis no canteiro de obras, entre elas um alicate específico para cortar cercas. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, os detentos que fugiram, ocupavam celas individuais adjacentes, o que pode ter permitido a coordenação do plano de fuga.
Além das informações sobre as obras, Nunes enfatizou a necessidade constante de manutenção e melhorias na infraestrutura do presídio, uma realidade comparável à de qualquer residência. O presídio de Mossoró, projetado para abrigar 208 detentos, recebeu seus primeiros 20 prisioneiros em fevereiro de 2010, vindos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. A unidade possui características específicas como celas individuais, monitoramento constante dos detentos e ausência de eletrônicos nas celas, além de infraestrutura complementar como biblioteca e unidade básica de saúde.
Esta fuga acende um alerta sobre a segurança em estabelecimentos penais, especialmente durante períodos de reforma, e reforça a importância de medidas rigorosas de vigilância e controle de ferramentas e materiais de construção. Com informações do site de notícias G1