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Manifestações contra as políticas de Milei na Argentina resultam em pelo menos 32 profissionais da imprensa lesionados.

Na Argentina, os esforços do presidente Javier Milei para implementar reformas de cunho liberal têm enfrentado intensa oposição popular. Desde o início das manifestações na última quarta-feira (31), em frente ao Congresso Nacional, 32 profissionais da imprensa foram feridos. As manifestações, que começaram durante a discussão de um conjunto de leis conhecido como “lei ônibus”, também resultaram em ferimentos em sete policiais e na detenção de oito pessoas até agora. Espera-se que a votação sobre as reformas ocorra na tarde desta sexta-feira (2).

Além dos jornalistas, um advogado de direitos humanos e assessor de um partido de esquerda precisou ser submetido a uma cirurgia ocular após ser atingido por uma bala de borracha. O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA) publicou uma lista contendo os nomes dos membros da imprensa afetados, que inclui desde freelancers até funcionários de grandes veículos como a agência Télam e os jornais Página 12 e Ámbito Financiero.

O sindicato fez um apelo para o fim da repressão e exigiu condições seguras para que os jornalistas possam exercer sua profissão, enfatizando a importância da liberdade de imprensa para a democracia. Desde a sua posse em dezembro, Milei adotou uma política de tolerância zero para com os bloqueios de estradas feitos por manifestantes, uma prática que tem sido alvo de críticas. Como resultado, o uso de forças federais para dispersar protestos tornou-se mais frequente.

A violência não partiu apenas das forças de segurança; houve também incidentes de agressão por parte dos manifestantes, incluindo ataques contra um apoiador de Milei e um jornalista do canal LN+, além de insultos a deputados que precisaram ser escoltados para fora do local. Não existe um balanço oficial do total de feridos, visto que muitos foram atendidos no local por equipes de saúde voluntárias ou nem chegaram a receber socorro.

Foto: reprodução da internet. Crédito: Luis ROBAYO / AFP

Da Redação

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