O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, revelou em sua primeira entrevista após a eleição no domingo (19) que planeja estabilizar a inflação em seu país, estimada em torno de 140% ao ano, em um período que varia entre 18 e 24 meses.
Durante o diálogo na rádio argentina Continental, Milei reafirmou seu compromisso de seguir adiante com medidas controversas, como o fechamento do Banco Central e a dolarização da economia, ambas como pilares centrais de sua campanha. Ele afirmou: “O fechamento do Banco Central é uma questão de responsabilidade moral, enquanto a dolarização representa uma maneira de nos libertarmos das amarras do Banco Central”.
Contudo, o presidente eleito propôs que a escolha da moeda a ser adotada pelo seu governo seja determinada pelos próprios cidadãos. Ele também declarou que, por enquanto, não pretende modificar a taxa de câmbio e não removerá a limitação imposta pelo governo atual, liderado por Alberto Fernández, ao estoque de dólares dos bancos do país, visando controlar a disponibilidade da moeda norte-americana.
Milei explicou: “Antes de suspender a restrição ao estoque de dólares, é crucial resolver a questão das Leliq, que é a taxa básica de juros do país. Tentaremos resolver isso o mais rápido possível, pois, caso contrário, o risco de hiperinflação estará constantemente presente.”
O presidente Javier Milei promte salvar a Argentina do caos em até dois anos. Foto: Agustin Marcarian/Reuters – Reprodução da internet