O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, destacou ao canal de notícias CNN que a condição fundamental para a abertura da fronteira, permitindo o deslocamento de estrangeiros autorizados a deixar o território palestino, é a passagem de um comboio de ambulâncias transportando feridos, os quais têm prioridade para cruzar a passagem. Entretanto, a logística desse deslocamento foi severamente afetada pelos bombardeios em centros de saúde palestinos de grande porte. O embaixador explicou que a situação impede o deslocamento dos veículos devido aos hospitais cercados e atacados, impossibilitando a transferência de feridos do Norte para o Sul da Faixa.
Quanto ao retorno ao Brasil, o grupo aguarda a liberação para atravessar a fronteira. Após chegarem ao território egípcio, percorrerão cerca de 55 km por via terrestre até alcançar o aeroporto de Al-Arish, no Egito. Lá, uma aeronave da Presidência da República, equipada com médico, enfermeiro e um psicólogo da Força Aérea Brasileira (FAB), estará aguardando para levá-los de volta ao Brasil.
Além dos 34 brasileiros já autorizados a deixar a Faixa de Gaza, há um segundo grupo de aproximadamente 40 pessoas aguardando inclusão em uma próxima lista para cruzar a passagem de Rafah. Segundo integrantes do alto escalão do Itamaraty, essas são pessoas que manifestaram interesse na repatriação após a escalada do conflito e da crise humanitária. No entanto, as autoridades de Israel e Egito, envolvidas nas tratativas, não estão aceitando novos pedidos de saída no momento.
Integrantes do Itamaraty ressaltam que a prioridade é garantir a saída dos 34 brasileiros, cujos nomes foram incluídos na lista de estrangeiros na noite de quinta-feira. Apesar de terem sido levados para a fronteira, a passagem de Rafah foi novamente fechada.
Em relação aos ataques a hospitais, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que um projétil lançado de Gaza teria falhado e atingido o Hospital al-Shifa. Os Médicos Sem Fronteiras relataram uma situação catastrófica no hospital e expressaram preocupação com a segurança de pacientes e funcionários. O Hospital al Nasr, no norte de Gaza, também solicitou ajuda à Cruz Vermelha para evacuação devido ao cerco por tanques. As informações são da CNNBrasil
Foto: Ibraheem Abu Mustafa / Reuters – Internet