Na manhã desta terça-feira (24), as forças de segurança do Rio de Janeiro realizam uma extensa operação na Zona Oeste, com o propósito de localizar o miliciano Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho. Esta ação tem como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão relacionados a este paramilitar. A iniciativa surge em resposta a uma série de ataques que resultou na incineração de 35 ônibus na Zona Oeste na segunda-feira (23).
Além de buscar o miliciano, a Polícia Civil e a Polícia Militar estão empenhadas em evitar novos atentados, garantindo que a população possa sair de casa para trabalhar de forma segura.
Esses ataques ocorreram após a morte de Matheus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão, um jovem de 25 anos que era sobrinho de Zinho. De acordo com as investigações, Faustão ocupava a segunda posição na hierarquia da milícia atuante na Zona Oeste. A polícia descobriu que ele vinha estabelecendo laços entre a milícia e a maior facção de traficantes do estado, o Comando Vermelho (CV), nos últimos três meses.
Como reação à morte de Faustão, criminosos incendiaram pelo menos 35 ônibus e um vagão da Supervia durante a tarde de terça-feira.
Com um recorde de 35 ônibus incendiados em um único dia, o prejuízo financeiro resultante apenas dos danos aos veículos já ultrapassa os R$ 35 milhões. Esses veículos foram bloqueados em vias de grande importância, chegando até a interdição da Avenida Brasil. Diversos bairros foram afetados, incluindo Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho. Às 18h40 de segunda-feira, a cidade entrou em estado de atenção, o terceiro nível em uma escala de cinco, indicando que uma ou mais ocorrências estavam impactando a rotina da população. Nesse horário, havia um congestionamento de 58 km na cidade, o dobro da média de 29 km das três segundas-feiras anteriores.
Pelo menos 45 escolas municipais foram afetadas, prejudicando 17.251 alunos. Em algumas escolas, alunos e professores permaneceram no local em busca de segurança. Até o momento, pelo menos 12 suspeitos foram presos. O governador Cláudio Castro (PL) classificou os ataques aos transportes como “terroristas” e anunciou a intensificação dos esforços para capturar os líderes do crime. As informações são do prestigiado site G1
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