Brasília, 14 de outubro de 2023 — No último dia 10 de outubro, durante uma inspeção no Arsenal de Guerra do Exército localizado em Barueri, na Grande São Paulo, foi constatado o desaparecimento de 21 metralhadoras de grosso calibre. Este roubo, que inclui 13 metralhadoras .50 e outras 8 de calibre 7,62, surpreendeu e gerou preocupações significativas.
As metralhadoras .50, que compõem a maioria do arsenal roubado, são notórias pelo seu grande poder de fogo e alcance, a ponto de serem capazes de derrubar aeronaves. Contudo, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) esclareceu que todas as armas roubadas eram classificadas como “inservíveis” e necessitavam de manutenção.
A investigação interna sobre o incidente está sendo conduzida por meio de um inquérito policial militar. No entanto, esse roubo levanta sérias questões sobre o controle de arsenais. Dadas as potenciais implicações do desvio dessas armas, espera-se que o Exército receba apoio das forças policiais para recuperá-las, identificar os responsáveis e revisar os procedimentos de segurança a fim de evitar futuros incidentes.
Esta situação ressalta a necessidade de melhorias significativas no controle e na proteção de armamentos militares para garantir a segurança das instituições e da sociedade.
Também é importante destacar que esse incidente reforça a importância de se garantir que as forças de segurança mantenham um rigoroso controle de seus arsenais, independentemente do estado operacional das armas. Armas “inservíveis” ainda representam riscos quando caem em mãos erradas, e a segurança pública e a confiança na instituição militar dependem de procedimentos de guarda eficazes.
O Instituto Sou da Paz, uma entidade sem fins lucrativos especializada em segurança pública e armas, ressalta que, entre janeiro de 2015 e março de 2020, ocorreram 27 casos de armas roubadas, furtadas ou desviadas do Exército no Brasil. Embora exista precedente de recuperação bem-sucedida dessas armas no passado, o recente roubo é preocupante devido à quantidade de armas roubadas e à sua potência.
O Comando Militar do Sudeste (CMSE) continua a investigar o ocorrido, visando entender as circunstâncias do furto e tomar as medidas necessárias para prevenir situações semelhantes no futuro. O desaparecimento dessas armas automaticamente dispara alarmes sobre a segurança de arsenais militares e levanta preocupações válidas sobre a necessidade de aprimorar o controle e a gestão desses recursos críticos para a defesa do país. As informações são do site G1. Foto: reprodução/TV Globo